Um dos grandes problemas que qualquer empreendedor enfrenta na gestão de sua empresa é: administrar todas as burocracias. Afinal, estar em dia com a emissão de notas, demonstrações contábeis e obrigações tributárias pode ser complicado.
Segundo o Sebrae, na pesquisa sobre a mortalidade de empresas no Brasil, a falta de planejamento e gestão deficiente estão entre os maiores motivos de encerramento precoce dos negócios.
Por isso, vamos explicar o que é gestão fiscal e como ela torna a empresa mais eficiente para gerenciar os processos internos, reduzir a burocracia e manter em dia todos os compromissos fiscais. Continue lendo!
O que é gestão fiscal?
A gestão fiscal tem como função levar sua empresa aos melhores caminhos em relação às exigências tributárias dentro da legislação brasileira. Ou seja, a partir da gestão fiscal sua empresa administra os processos de escrituração fiscal, obrigações tributárias e pagamento de impostos.
Com uma boa gestão fiscal, sua empresa sempre encontrará a melhor maneira de realizar a tributação com assertividade – evitando o pagamento de impostos indevidos, multas ou mesmo de juros excessivos.
Existem diversos tipos de tributação, como Lucro Real ou Presumido. Além disso, também é necessário calcular e minimizar o impacto de tributos na receita empresarial – como na emissão de NFs, mudanças na legislação etc.
Qual a importância da Gestão Fiscal?
O Brasil é um país famoso pela sua alta carga tributária e um regime bastante complexo. Por isso, as empresas precisam de gestores experientes e que consigam realizar uma gestão centralizada, clara e objetiva desse setor.
Dessa forma, a gestão fiscal se torna uma solução para evitar que sua empresa tenha problemas futuros com a contabilidade interna ou, até mesmo, com o Fisco.
Assim, sua importância já fica clara quando pensamos em como ela pode evitar problemas com a legislação. Porém, a gestão fiscal também pode trazer outros benefícios para sua empresa, especialmente quando ela é organizada da forma correta. Confira:
Economizar em tributos fiscais
Economizar em tributos fiscais é uma boa notícia para qualquer negócio. Se sua empresa não estiver enquadrada no regime tributário ideal, ela pode estar pagando uma carga maior de taxas do que deveria.
Isso dificulta que o negócio mantenha seu fluxo de caixa equilibrado. Por isso, a função fiscal é encontrar margens para que sua empresa não pague mais impostos do que são necessários dentro da legislação vigente – garantindo mais liquidez para seu caixa.
Evitar prejuízos para a empresa
Além disso, sua empresa também precisa se esforçar para manter as contas em dia, facilitando a organização fiscal e mantendo tudo dentro das leis vigentes. Muitas empresas acabam sofrendo penalidades do Fisco por conta de erros ao lidar com a burocracia.
Por isso, a gestão fiscal necessita evitar que as empresas cometam deslizes, diminuindo os erros humanos e aumentando a dinâmica de organização de documentos. Além disso, ajuda na emissão correta de notas fiscais e na redução de gastos ou prejuízos.
Compreender a empresa a fundo
Por fim, vale comentar que a gestão fiscal permite que você compreenda melhor o comportamento financeiro do negócio. Assim, você ganha mais insumos e dados para tomar decisões importantes para o futuro da empresa.
Além disso, para adequar sua gestão fiscal é necessário possuir uma visão macro do negócio, entender suas necessidades, deficiências e vantagens no mercado.
Quais as vantagens de realizar uma boa gestão fiscal?
Ao entender o que é gestão fiscal, fica claro que existem diversos benefícios que essa solução pode trazer – a curto, médio e longo prazo. Conforme sua empresa cresce, a necessidade de um planejamento estratégico também aumenta.
Confira as principais vantagens de realizar uma boa gestão fiscal no seu negócio:
Disponibilizar informações concisas
Uma das principais vantagens em manter uma gestão fiscal eficiente, é permitir que as informações sobre seu negócio estejam disponibilizadas de forma concisa – sempre que for necessário.
Esse recurso economiza tempo, oferecendo mais agilidade para cuidar de outras demandas do negócio.
Auxiliar no recolhimento dos tributos
Conforme comentamos, entender sobre o sistema tributário é essencial para que seu negócio esteja em dia com todas as obrigações fiscais. Afinal, isso permite que o recolhimento de impostos aconteça de forma ordenada.
Ou seja, a partir do gerenciamento fiscal, sua empresa não deixa de pagar tributos devidos, mas também não paga aquilo que não for necessário, melhorando sua organização financeira.
Manter a formalidade do negócio
De modo geral, manter a formalidade do negócio significa estar em dia com todas as disposições legais.
Gerenciar uma empresa no Brasil envolve buscar o lucro, realizar investimentos e cuidar do relacionamento com os clientes. Mas também exige que suas contas estejam registradas de forma adequada e que possam ser auditáveis.
Ficar em dia com o Fisco
Para um país crescer e se desenvolver, os governos tendem a optar por fontes de arrecadação tributária para manter a máquina estatal em funcionamento.
Ou seja, o Fisco tem como missão vistoriar para entender se os contribuintes estão colaborando para manter essas atividades governamentais em funcionamento.
Essa prática se aplica tanto a pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. Por isso, o descumprimento das obrigações fiscais pode levar a multas e prejuízos para sua empresa.
Então, o ideal é manter todas as contas em dia para evitar problemas e manter sua empresa em funcionamento.
Melhorar a sua gestão e tomada de decisão
Um dos maiores benefícios que a gestão fiscal pode trazer para sua empresa, contudo, é uma otimização interna dos processos que você utiliza para gerir seu negócio.
Com o setor financeiro mais organizado, você aumenta o dinamismo do seu negócio e melhora seu processo de tomada de decisão. Afinal, você terá um conhecimento mais profundo do funcionamento da sua empresa, entendendo suas entradas e saídas, além de quais setores são mais ou menos eficientes.
Isso ajuda a ter mais insumos para criar planejamentos e tomar decisões sobre o futuro do seu negócio.
Quais as obrigações de uma gestão fiscal?
Além de falar sobre os benefícios da gestão fiscal, também precisamos deixar claro que esse setor também tem diversas obrigações que precisam ser cumpridas. Elas servem para conduzir a empresa dentro das determinações legais e manter o controle das contas e finanças.
Essas obrigações podem ser divididas em dois grupos: acessórias ou fundamentais. Confira o que elas significam e como se aplicam no seu negócio:
Obrigações acessórias
As obrigações acessórias tratam das declarações informativas que são solicitadas pelos órgãos competentes de fiscalização. Essas informações, em geral, tratam da sua organização, força de trabalho ou questões financeiras internas.
Obrigações fundamentais
Por outro lado, as obrigações fundamentais tratam dos pagamentos e recolhimento de taxas de uma empresa – como impostos, contribuições etc. Ou seja, está diretamente relacionada ao regime tributário do negócio.
Como fazer a gestão fiscal da empresa?
Bom, após entender o que é a gestão fiscal da sua empresa, você precisa saber como pode realizar uma gestão fiscal eficiente e que possa ajudar sua empresa a operar corretamente.
Apesar da gestão fiscal tratar de processos complexos e burocráticos, para otimizar esse setor dentro do seu negócio, é necessário apenas se atentar com algumas medidas essenciais.
Confira as principais atividades para realizar uma boa gestão fiscal no seu negócio:
1. Fique atento as obrigações fiscais
A quantidade de obrigações fiscais muda de acordo com o segmento em que sua empresa atua. Por isso, manter tudo organizado é o primeiro passo para garantir uma gestão fiscal assertiva.
A partir de uma gestão centralizada, você consegue automatizar a organização da maior parte das suas obrigações acessórias.
Escrituração Contábil Fiscal (ECF)
Vale lembrar que algumas obrigações fiscais possuem documentos ou elementos particulares.
A Escrituração Contábil Fiscal (ECF), por exemplo, é uma obrigação que pede ao contribuinte que informe todas as operações que compõem a base de cálculo e valores do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e do documento de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Essa documentação exige uma atenção redobrada da sua equipe, para que não existam erros nos cálculos e todos os requerimentos sejam preenchidos com exatidão.
2. Crie um planejamento fiscal aprofundado
É fundamental que sua empresa adote um planejamento fiscal o quanto antes. Dentro do seu plano de negócio, você pode definir as metas e funções do setor fiscal da sua empresa.
Assim, desde o início das operações do seu negócio, sua empresa terá o capital necessário para pagar os impostos devidos. Além disso, você pode planejar melhor suas finanças e organizar sua contabilidade para ter sempre os documentos à disposição.
3. Pesquise sobre todos os benefícios fiscais
O governo federal concede benefícios fiscais a certas empresas, especialmente para estimular atividades de determinado setor. Entre os benefícios, estão o direito à redução da alíquota do imposto e compensação de isenção.
Por isso, você pode utilizar esses benefícios para impulsionar e escalar seu negócio – aumentando as vendas e otimizando suas atividades internas.
4. Escolha seu regime tributário correto
A escolha do regime tributário é fundamental para manter as obrigações fiscais do seu negócio em dia. Por isso, você precisa entender se seu negócio está qualificado dentro do Simples Nacional, regime de Lucro Presumido ou Lucro Real.
A aplicação desses regimes vai interferir diretamente na quantia de impostos pagos pela sua empresa, afetando a saúde do seu negócio. Por isso, seu planejamento tributário precisa ser abrangente e recorrente.
Confira uma explicação breve de cada modelo de regime tributário que sua empresa pode se enquadrar:
Lucro Real
O Lucro Real é uma modalidade de tributação complexa, mas também é o sistema padrão caso a empresa não se enquadre nos outros formatos de tributação.
O Lucro Real pode ser calculado anualmente ou trimestralmente, com a empresa antecipando os tributos devidos conforme o faturamento e aplicando percentuais de acordo com a atividade de atuação.
Lucro Presumido
Por outro lado, o Lucro Presumido os valores de tributação são tabelados de acordo com um percentual estabelecido sobre as vendas realizadas.
Isso facilita sua aplicação para empresas de pequeno e médio porte. Assim, os tributos acabam sendo calculados com base na estimativa do lucro líquido empresarial dentro do período.
Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às microempresas e empresas de pequeno porte. Ele possui um valor fixo de recolhimento mensal e costuma ser mais barato que as outras modalidades.
Porém, o Simples Nacional se enquadra apenas para uma parcela das empresas, por isso precisa ser bem avaliado pela sua equipe fiscal.
5. Organize os processos financeiros
Organizar seus documentos e processos pode ajudar em muito na sua gestão fiscal. Embora essa modalidade seja complexa, ela pode ser facilitada pela pró-atividade por parte da sua equipe.
Documentos fiscais, ordens de serviço, contas a pagar e receber, controle de estoque – todos os seus processos financeiros precisam estar organizados para facilitar o cumprimento das obrigações.
6. Tenha o apoio de um contador confiável
O papel do contador é ajudar sua empresa a percorrer o caminho dos percalços tributários. Ou seja, ele pode ser um aliado importante para manter as contas em dia e organizadas, além de otimizar os processos de contabilidade da sua empresa.
Assim, quando for necessário reportar à fiscalização, seu contador pode ajudar a conferir documentos e apresentar relatórios detalhados com todas as informações necessárias.
7. Utilize um software de gestão financeira
Um software de gestão pode ser o principal aliado da sua empresa na gestão fiscal da sua empresa. Esse tipo de sistema oferece ferramentas para manter suas atividades organizadas e de acordo com o exigido pelo Fisco.
Além disso, sistemas de gestão financeira possuem diversas ferramentas que auxiliam também na organização das finanças do seu negócio, controle de estoque e outras práticas necessárias para gerenciar sua empresa.
Como escolher um sistema para a gestão fiscal da sua empresa?
Para escolher um bom sistema que auxilie a gestão fiscal da sua empresa, é necessário considerar quais são as ferramentas oferecidas por esse software financeiro. Assim, você consegue garantir o máximo de soluções possíveis para a rotina administrativa do negócio.
O Asaas, por exemplo, é uma conta digital completa para empresas e que possui uma série de recursos que otimizam sua gestão financeira. Além disso, o Assas também oferece recursos como uma plataforma ERP que pode ser muito eficiente para cuidar das demandas fiscais da sua empresa.
Não deixe de conferir todas as funções que o sistema de gestão pode oferecer para sua empresa, além de entender como essa plataforma pode otimizar a forma como sua empresa lida com as obrigações fiscais.
